Quando você programa uma viagem para Itacaré, na Bahia, com amigos queridos, mesmo sendo sua terceira visita a cidade, saindo de 20 dias no Rio de Janeiro, você espera muita diversão, muita alegria, e muito banho de mar, mas sem grandes surpresas, certo?
Errado. Quando se trata de Bahia, e em especial Itacaré, você seguramente vai se surpreender.
Eu sai do Rio de Janeiro, com vôo até Salvador e outro para Ilhéus, cansativo, mas ok. Em Ilhéus, peguei um transfer com uma das agências que ficam por ali por R$85 até Itacaré, 1h e 30 de viagem. É possível pegar um taxi por R$120 em média (bom se for dividir com outras pessoas) ou ir de ônibus até Rodoviária de Ilhéus e pegar outro ônibus para Itacaré por R$13,50.
Lugar Paradisíaco, banhado por mar e rio, onde é possível tomar um belo banho de mar, e seguir para uma queda de água doce. Assim são boa parte das praias próximas ao centro, como a Praia do Canto, cheia de barracas animadas, pronta para um bate-papo suave com amigos e ainda a oportunidade de ver o pôr-do-sol da ponta do Xaréu.
Para ambientar e acostumar os olhos e o corpo com esse azul profundo do mar, a brisa gostosa, e o mar quente da Bahia, fomos de carro até a entrada da Praia do Itacarézinho, paga-se R$30 para descer de carro até a entrada da praia, e se quiser mais conforto, R$50 de consumação por pessoa, para ficar em uma das barracas na beira mar, mas sempre há um coqueiro amigo para você se abrigar do sol forte da Bahia.
Indescritível a paisagem, desde o mirante no caminho, até e uma queda de água doce que desemboca no mar. Local para ficar e esquecer da vida e curtir a energia da Bahia. Entrando no clima.
E qual tal sair da praia e resolver tomar um banho de Cachoeira?! No caminho de volta encontramos a Cachoeira do Bom-Sossego, fácil acesso e impressionante temperatura amena da água, bem diferente das água geladas do cerrado.
Mas a gente sabe que o melhor, nem sempre fica à mostra, então, no dia seguinte, começamos nosso passeio pela Praia da Ribeira, que dá acesso a uma trilha formidável, de 35 minutos, banhada por 3 cachoeiras, alguns pontos de venda de bebidas (não precisa se preocupar em carregar mochila pesada).
E você chega a maravilhosa Prainha, lá também tem uma única barraca com bebida e algo para comer, nada sofisticado. Mas o sofisticado mesmo é a beleza que os seus olhos vão ver e sua alma vai sentir. Mar calmo, areia fina e amigos, faz você ver que o esforço vale a pena.
Entre as várias praias lindas que cercam Itacaré, existe a pouco mais de 50km em estrada de terra, um paraíso escondido chamado Península de Maraú. Aqui vou ter que parar e recuperar o fôlego. Verdadeiramente, um dos lugares mais bonitos que já vi na vida! Ok, sei que falo isso de outros lugares também, mas em se tratando de praias, essa Península nos surpreende desde o momento que você chega.
Como estávamos num grupo de 8 pessoas, alugamos um lancha em Barra Grande (pagamos R$120 por pessoa, mas é possível ir de escuna – mais lenta e não chega a vários lugares – por R$35) e seguimos pelas diversas Ilhas que fazem parte da península.
Entre tantos lugares lindos, a Ilha da Pedra Furada, Maraú, chegamos até a Ilha de Tremenbé, um lugar de tirar o ar já na chegada, pois a primeira imagem que você tem é um cachoeira enorme que desemboca no mar.
Uma das diversões, foi entrar na cachoeira com a lancha e tudo.
Sensacional.
Lá tem um restaurante, caro, mas que você pode comer algo e voltar para almoçar em Maraú (passamos de lancha para encomendar o almoço, antes de seguir viagem.) Foi o que foi que fizemos, e de quebra, curtimos o pôr-do-sol do restaurante, fazendo valer segurar o apetite.
Por mim, eu teria dormido essa noite em Barra Grande, para continuar explorando o local, mas voltamos para Itacaré para descansar e nos preparar para voltar no dia seguinte e descobrir Taipú de Fora.
Achei que nada mais seria tão belo por aqui, até conhecer a praia de Taipú de Fora, também na Península de Maraú. A praia por si só, já é um desbunde, água do mar transparente, azulada, areia fina e vento bom, sem contar, que às 13hs a maré baixa, e formam as piscina de corais.
Por toda a praia, você pode alugar os equipamentos para mergulho em apneia, a menos de 150m da areia já é possível ver belos corais, ou se arriscar num mergulho com cilindro.
E a diversão ficou garantida na Barraca do Buda Bar Praia.
Na volta, ainda demos uma parada no Farol de Taipú, com um linda visão de toda cidade, mas cuidado! o caminho é todo de areia, e além de atolamos, quase caímos ribanceira à baixo, o ideal é alugar um dos quadriciclos, por R$100 a diária fora de temporada, e curtir todo o lugar.
Eu sei que o texto está ficando grande, mas preciso comentar sobre outras duas praias que valem uma visita.
Depois dos dias intensos na Península de Maraú, a gente precisava de um descanso e calmaria, e encontramos isso na Praia do Tiririca. Local para a galera curtir, praticar esportes, gente bonita, comida boa, sombra, água fresca (lá também tem um queda natural de água doce!) e Helena!
Helena é uma espanhola de sorriso fácil, palavras doces e mãos de fada. Ela tem uma barraca de massagem no meio da praia, e executa seu ofício com amor e esplendor. Se você está afim de sossego, se entregue a essa experiência. Eu me joguei!
E como prometi, minha última praia à comentar, a Praia de Jeribucaçu. Linda! Linda! Linda. A 5km de Itacaré, e com uma média e fácil trilha, mas que exige um pouco de condicionamento por causa da trilha íngreme, você avista o encontro do Mar com o Rio de uma maneira muito sutil.
Lá também tem uma pequena infra-estrutura, mas você pode comer e beber sem problemas. E se tiver a nossa sorte, pode brincar na jangada dos pescadores, sendo animada por um garotinho muito esperto.
Não é possível resumir, mas o fato é, Itacaré nos proporciona momentos de diversão, paz e muita alegria, banhada de mar, rio, cachoeira e muito amor.
Minha companheira de Blog também entrou nessa viagem, leia o relato dela aqui.
E você, o que está esperando para reunir os amigos e curtir Itacaré?!