Ok! Como boa carioca, amante dessa cidade que me fez aprender a viver mais intensamente, seria clichê dizer que o Rio te proporciona tudo que você gostaria em um lugar só, quer ver?
Praia? Tem!
Quer só curtir na marola? Onda para surfar? Calçadão pra correr? Tem!
Museus? Parte Histórica? Arte Moderna? Tem!
Bons restaurantes? Bons Hotéis? Baladas? Tem!
Uma das 7 maravilhas do mundo? Tem!
Gente bonita, alegre? Tem!
Turismo de aventura? Tem!
Agora, uma das mais belas paisagens que o Rio pode te proporcionar você não encontra nos lugares tradicionais de turismo, você precisa andar! Subir ladeira sabe? E não é a Escadaria Selaron da Lapa não, que também é linda, eu estou falando mesmo é da TRAVESSIA MORRO DO QUEIMADO X PROA X MESA DO IMPERADOR X VISTA CHINESA X CACHOEIRAS DO HORTO.
Para a trilha é preciso de um preparo físico mínimo, e o acompanhamento de um guia, que vai te mostrar lugares que você não imaginaria encontrar por aqui, além de garantir a sua segurança. Eu tenho a sorte de ter em conta o Anderson, um grande amigo e guia preparado que me surpreende cada vez que digo pra ele: quero algo que me tire o ar!
Nos encontramos na entrada do Parque Nacional da Floresta da Tijuca as para instruções de trilha, as 7hs da manhã, o dia será longo, é melhor começar cedo. Fomos em 4 pessoas, uma americana com 1 mês no Brasil, meu pai que aos 60 anos resolveu se aventurar comigo nessas trilhas da vida, e uma menina doce que está estudando para ser guia. Diversidade de preparos, interesses e conversão disso tudo em alegria!
A “escalaminhada” inicial é intensa e íngreme, mas plenamente segura, e vamos nos deparando com vários seres que habitam essa Mata tão rica. Aqui a umidade é na medida, árvores protegendo do sol, tudo colaborando para um dia perfeito.
Depois de algum tempo subindo, chegamos ao topo do Morro do Queimado, uma vista incrível, e mais ainda, por você poder estar no meio daquela beleza, e interagir e sentir.
Seguindo um pouco mais a frente, somos presenteados com a bela vista da Proa.
Visão ampla do Rio, possibilidades infinitas de sentir o bom da vida. Até aqui, já valeu demais.
Paramos para o almoço. Nessa hora você valoriza aquele pão com geléia amassado dentro da mochila. Curtimos um pouco a vista e vamos tocando.
Agora vem a parte fácil, afinal, tudo que sobe, vai descer. Iniciamos a descida ainda margeando o Morro e aproveitando a paisagem. Tirando as trilhas estreitas, as pedras próximas ao despenhadeiro, um bumbum ralado aqui, um joelho e cotovelo esfolado acolá, a trilha é simples e bem segura.
Encontramos a Mesa do Imperador e a Vista Chinesa, dois pontos turísticos belos, e velhos conhecidos, com bastante gente. Bonito, legal, mas ainda queremos mais!
Voltamos a mata, e nos deparamos com um Jequitibá Gigante, numa das áreas mais preservadas do Parque, mas que está morrendo, daqui a poucos anos não existirá mais. É melhor você se apressar.
Enfim, chegamos a tal Cachoeira do Horto! Um certo grau de dificuldade para passar por um pedra, mas nada que te faça voltar. Um banho gelado é sempre recompensador numa trilha, mas confesso, com tantas quedas d´água e cachoeiras enormes que tenho aqui no Planalto Central, fez parecer essa aqui, brincadeira de criança! E foi! Nos divertimos a valer.
Terminamos a trilha, já no final do dia, cansados e satisfeitos, lá no Horto, perto do Jardim Botânico (lembra que saímos da entrada do Parque, na Tijuca?), ai conseguimos perceber o quanto andamos e pudemos viver essa Floresta.
Tomamos um sacolé (din-din, chupe-chupe, geladinho, como queira!), a galera voltou pra casa de ônibus para pegar os carros no parque, e eu aproveitei e voltei andando pra casa, com um belo passeio pela Lagoa.
E ai?! Já pensou em trazer do Rio, na bagagem, além de areia, uma aventura na Mata Atlântica com direito a banho de cachoeira?!