Depois de longa data e muitas viagens, estou de volta ao Blog com muita alegria.
E para recomeçar, vou dedicar esse post ao estado que vem me surpreendendo cada vez que volto lá, Roraima.
Sempre que penso em Roraima, só me vem a mente o Monte Roraima (e essa é uma aventura que precisa ser planejada e treinada com cuidado e tempo), minha expectativa é Setembro/2017, mas, enquanto 2017 não chega, eu continuo buscando opções pelas cidades que conheço, e meu trabalho como Professora de Pós-graduação em Acupuntura/Aromaterapia, me permite conhecer lugares que jamais pensaria, Boa Vista, é uma delas.
Esse ano, fui a Boa Vista 2 vezes à trabalho, e apesar do calor sem fim e quase desestimulante, você encontra preciosidades que até o pessoal local pouco conhece.
O Centro Cívico, onde fica a Praças das Águas, por si só, te convida a caminhar por entre luzes, música e “águas dançantes” da fontes luminosas, e relaxar por um dos restaurantes, pizzarias e lanchonetes ao redor da praça.
Mas se quiser se deixar levar pelos temperos de Boa Vista, você precisa conhecer o Restaurante Peixada Tropical, de cara intimista, simples e honesto, verdadeiramente, um dos melhores peixes que já comi na vida! O Peixe à Delícia ou na Telha de dourado com molho de camarão, ou a costela de tambaqui, fazem você esquecer que dieta! Atendimento excelente, comida perfeita, o cuidado é que a máquina de cartão está sempre sem rede…o que não é problema pelo preço camarada que tem lá!
A Orla de Taumanan, uma estrutura suspensa à margem do Rio Branco, faz a diversão das famílias durante o final de semana, vale passar por lá e tomar uma banho para refrescar o calor.
Mas se você é como eu, que curte uma aventura, pegar um carro e sair em direção à Serra do Tepequem, no Amajari, são 230km de Boa Vista, e é uma das melhores opções para se livrar do calor e perceber as belezas de Roraima.
Vilarejo pequeno, no alto da serra, subindo você percebe a mudança de temperatura e se arriscar até a pegar um casaquinho. De temperatura amena e muita neblina, lugar tranquilo para relaxar e passar alguns dias. Com várias pousadas, campings e redário, não espere algo refinado, mas seguramente, você irá se surpreender.
Até a Cachoeira do Paiva, a trilha é curta, e com uma escadaria de uns 200 degraus, as águas fortes com várias piscinas naturais convidam a uma boa massagem nas quedas d’água.
E se você atravessar a cachoeira e tiver disposição, chega até o platô da Serra e terá uma paisagem deslumbrante.
Existem na mesma Serra, outras Cachoeiras lindas, porém não tão grandiosas quanto a do Paiva, além de alguns achados arqueológicos, que infelizmente não pude conhecer, por causa da neblina e chuva, e do pouco tempo que ficaria por ali, o ideal é ficar, pelo menos, um final de semana, eu fiz só um bate e volta.
Outra opção, um pouco mais perto de Boa Vista, é a Serra Grande, em Cantá, a 38km da capital, e mais 30km até a base de onde começa a caminhada. Para essa, é preciso contatar um guia local, um preparo, pois são 5 horas em média de trilha, com grau médio de dificuldade, e é preciso acampar por lá. Mas o visual compensa a canseira. Além de um boa cachoeira, a vista da capital é de babar.
O fato é que, com oportunidade de ir ao Monte Roraima, não desperdice, se prepare e vá, mas em se contar tantas belezas naturais, Roraima tem muito o que mostrar, e cada vez que volto a capital, me surpreendo com tudo que ela é capaz de me dar.
E com a certeza, nem só de Monte vive Roraima….