logo-ecos-turismo-02

Blog

Alter do Chão – Santarém – PA

Ah, o Rio Tapajós… poesia, acolhimento, música, suas gentes e bichos. Talvez trazidos pelo canto da Iara ou seduzidos pelos botos, fato é: quem entra em suas águas sai encantado.

Acabei de chegar de uma viagem de 6 dias em Alter do Chão. Ainda com o balanço e abraçada pelo rio, escrevo.

Como diz a música da Jana Figarella, interpretada lindamente pela Patrícia Lima da Pousada Cabocla Cunhantã:

“Já falaram dos rios / das comidas e crenças

nossas danças e lendas /  do nosso linguajar

nossas praias tão belas, que aliás uma delas virou notícia. Quem viu?

Alter do Chão, a mais bonita do Brasil

Desculpa aí, mas o melhor ainda está por vir

não desmerecendo nada que há aqui

Meu amigo, é  só olhar pra frente,

porque o melhor de Santarém é nossa gente”.

 

O melhor de Santarém (Alter do Chão) é sua gente. Gente alegre e gentil. Gente cheia de folclore e conhecimentos únicos. Gente linda e feliz. É isso que faz desse pedaço do Brasil, além de suas belezas naturais um lugar especial.

Penso que o Tapajós em seu balançar, faz a poesia entrar na mente e coração das pessoas, e contagia quem chega. Aconchega!

Por lá tem praias de rio, tem peixe assado, tem tucupi, tem taperebá, tem jambu. Por lá tem cultura trazida pelas lendas indígenas, pelo Sairé, pelo carimbó. Por lá tem barcos para levar você . Por lá tem gente empreendedora e interessante. Também gente simples e de um bem receber incrível. Por lá tem Sax na praia e passeio de emoções. Por lá tem curumim, cunhantã e espíritos sábios das florestas. Por lá tem riquezas imateriais!

Vai lá, volte lá.

Como chegar

Distante 34 km de Santarém, é a porta de entrada para quem chega de avião. Há voos diretos de Belém, Manaus e Brasília. Se mora em outra cidade, precisa pegar um voo com conexão.

São 3 possibilidades de ir:

Ônibus – custo R$ 4.00 – operado por Eixo Forte Transportes Urbanos. Só que terá que pegar um táxi para ir ao terminal de onde sai o ônibus. Pode ser no Shopping Rio Tapajós

Táxi ou Uber do Norte – Custo – entre R$ 100 a R$ 150. Lá não operaUber. O aplicativo utilizado é O Urbano Norte. Você pode baixar no seu celular.

Aluguel de um carro – Custo – R$ 200.oo aproximadamente a diária. Lá no aeroporto tem a Localiza e alguns operadores locais. Reserve com antecedência.

Onde ficar

São muitas as opções de hospedagem. Tem casas, pousadas, hotel e hostel.

Preço médio das pousadas na alta: R$ 250 a R$ 300 a diária.

Recomendo: Pousada Cabocla Cunhantã

Você pode entrar em contato conosco através do nosso site: ecos.tur.br . Podemos organizar tudo pra vc.

Onde comer

São várias opções de restaurantes nas praias e na cidade. A refeição média sai por R$ 100.00 por pessoa em restaurantes.

Dicas de onde fui: Tribal e Arco-íris. Super recomendo.

Para Lanches: Pastel da Thifanny. É gourmet. Ela faz massas sem glúten, com sabores. O recheio vc escolhe. Pastéis salgados ou doces.

Para sorvete: O Boto Gelato

Passeios

São muitas praias para visitar. As opções de locomoção são duas:

Você pode alugar um carro lá no aeroporto e chegar às praias por terra. É muito mais barato.

A segunda opção é pegar embarcação lá em Alter e ir visitar as praias através do Rio.

A mais barata é para a Praia do Amor – R$ 20.00 o traslado. Essa praia é a de Alter do Chão.

No mais, prepara o bolso. Algo em torno de R$ 150 a R$ 200 por pessoa. São passeios de 1 dia inteiro e você chega na cidade após o pôr do sol. Atração a parte nesse espetáculo todo.

Os passeios mais oferecidos são o Ponta de Pedras e Pindobal. Com paradas nas praias entre Alter entre esses destinos. E demora um dia inteiro cada passeio. Gostoso demais.

Também um passeio para o Canal do Jari. Aproximadamente 40 minutos de lancha de ida. Dá para avistar Santarém. Lá é o encontro do Rio Amazonas com o Tapajós. Uma visita à Floresta Encantada e também ao jardim de Vitória Régia. Aqui você conhece uma bela empreendedora que inovou na culinária, transformando Vitória Régia em alimento. Dulci. Valeu a pena conhecer. Mas, você pode ir por Santarém se desejar.

As paradas para o Pôr do Sol foram estrategicamente pensadas. Ponta de Muretá ou Ponta do Cururu. Vale o passeio por embarcação.

Como disse, em 6 dias deu para conhecer pouco. Acredito que uns 20 dias dê para navegar um pouco mais pelas águas do Tapajós.

O Rio Arapiuns ainda não deu para conhecer. Se for com mais tempo que eu, me parece um passeio muito legal. E, dá para pernoitar em comunidade ribeirinha. Também o passeio pela floresta.

Época de baixa do Rio

Julho/Agosto começa a baixar o rio. Há opções de praias, porém com pouca areia ainda.

A alta temporada é de Setembro a Dezembro.

Vídeos

Um recadinho para Alter e sua gente

Obrigada Narciso, empreendedor e dono do passeio das emoções. Sax na Praia.

Ao Devair, dono de um barquinho de madeira com motor rústico, de uma simplicidade e muita gentileza. Ele nos proporcionou uma Piracaia. Peixe assado na praia a noite, sob o céu estrelado. Inesquecível.

Também a Patrícia Lima, atual gerente da Pousada Cabocla Cunhatã e intérprete dessa música que iniciou a matéria e de tantas outras que tive o prazer de conhecer.

Uma honra conhecer a Dulci e sua iniciativa inovadora do “Jardim de Vitórias Régias” e sua transformação em alimento.

Agradeço ao povo de Alter pelo espetáculo no ensaio aberto do Sairé do Boto Tucuxi e ao retorno aos meus livros infantis de escola sobre as lendas “verdadeiras” da Amazônia. Emocionante.

Também a animação e espetáculo do Carimbó na praça.

Obrigada aos companheiros de viagem, Renato, Patrícia Prósperi, Cristina Maia.

Por fim, ao Rio Tapajós e todos os seus encantos.

E, ajudem a cuidar da nossa natureza. Gado, soja, minério e extrativismo não valem a vida.

 

 

 

 

 

 

Compartilhar:

Posts relacionados