Caso você fique doente, sofra algum acidente, precise de atendimento médico no exterior pode custar caro para você. Além disso, o seguro viagem vêm com outros serviços como suporte jurídico, indenização por extravio da bagagem, auxílio em caso de perda de documentos e reembolso por atrasos ou cancelamentos de voos.
É obrigatório ter o seguro viagem?
Em alguns países sim. Os 27 países europeus que integram o Tratado de Schengen exigem que o turista tenha um seguro-viagem com cobertura mínima de 30 mil euros. São eles: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Irlanda, Islândia, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Romênia, Suécia e Suíça. Fora dali, também exigem seguro Cuba, Emirados Árabes Unidos, Qatar e Turquia.
Existe diferença entre seguro e assistência de viagem?
Hoje, quase todas as empresas vendem um produto híbrido, que funciona como assistência ou seguro de acordo com a ocorrência.
O seguro reembolsa as despesas do viajante, que paga as contas do próprio bolso, por isso é importante ter um cartão de crédito internacional, e depois submete notas e laudos à seguradora.
A assistência faz uma triagem por telefone e, se necessário, encaminha o viajante a um hospital credenciado ou manda um médico até o hotel, sem custo ao cliente.
O que é importante saber ao contratar?
Alguns cartões de crédito oferecem gratuitamente. São eles: Visa Platinum ou Infinite, e Master Platinum ou Black. O titular, o cônjuge e os dependentes que viajam com passagens compradas pelos cartões , por exemplo, estão cobertos.
Verifique as coberturas atentamente. Existem produtos personalizados para vários perfis: gestantes, idosos, estudantes de intercâmbio e praticantes de esportes radicais, e há planos individuais e familiares. Um fator para mim é observar o valor da bagagem extraviada. Se sua bagagem não chegar o que dá para comprar no país com o valor do seguro?
Saiba também como é o procedimento e quais são os documentos para obter reembolso.
Uma dica: sempre, em qualquer tempo, quando ocorrer algo com você comunique a operadora do seguro. Isso garantirá que seja reembolsado quando voltar.
Aqui uma tabela com alguns pontos importantes para você olhar. São 3 tipos de coberturas. Mas, o mais importante antes de contratar é saber qual o custo saúde do país onde está indo. No final do post vou deixar um site de consulta para você ter idéia do custo per capita em saúde nos países do mundo.
No caso de doenças preexistentes. Como faço para viajar?
Viajantes com marca-passo, problemas renais que requeiram hemodiálise e outras doenças crônicas devem, de início, planejar a viagem a destinos aptos a atendê-los.
Sobre a escolha da assistência, os planos extensivos (mais caros) até cobrem condições preexistentes, mas com valores inferiores. Por isso, veja se o seu convênio brasileiro tem upgrade de abrangência global e peça ajuda ao seu médico sobre a solução mais recomendada ao roteiro.
Esportes radicais. O seguro cobre?
A maioria, não. Se o atendente disser que cobre, veja o que diz o contrato e não feche a compra antes de eliminar essa dúvida. Aliás, alguns seguros e assistências não cobrem acidentes esportivos em seus produtos básicos, mas podem incluir essa cobertura como um adicional, por um custo extra.
Os benefícios dos cartões Visa e MasterCard amparam atividades do gênero, embora excluam paraquedismo, bungee jumping e esqui fora de pistas demarcadas.
Estou passando mal. Ligo antes para a seguradora ou corro ao hospital mais próximo?
Todas as empresas recomendam a ligação ANTES da assistência. O atendimento facilita a triagem e isenta o segurado de pôr a mão no bolso.
O seguro encaminha o cliente a um estabelecimento conveniado, onde o custo do tratamento é mais baixo e o risco de o atendimento extrapolar a cobertura é menor que em outro hospital.
Em muitos casos, podem mandar um médico até o seu hotel, uma comodidade e tanto. Mas o valor da cobertura vale também para viajantes que correm direto para o hospital, sem ligar.
Nesses casos, porém, o esquema é bem mais burocrático: o segurado tem que pagar a conta, que pode ficar bastante salgada, e depois solicitar o reembolso, que pode demorar muito para cair.
Como falar na operadora de Seguro?
A grande maioria das operadoras já disponibilizam atendimento inclusive pelo Whatsapps. Quando comprar o produto, é praxe o cliente receber uma lista de contatos e canais de comunicação.
Se ainda precisar de atendimento urgente, corra até o hospital mais próximo, mas não saia de lá sem conversar com a central, pois há cláusulas que ANULAM a cobertura caso o segurado não alerte a empresa durante a ocorrência.
Também não deixe o hospital sem os recibos, laudos e documentos exigidos no contrato para a obtenção do reembolso.
Gastei mais que a cobertura que contratei. O que fazer?
Não tem jeito: o extra sairá do seu bolso. A seguradora não tem obrigação de ir além do contrato.
Por isso, nas viagens em que tratamentos médicos são mais caros, como nos EUA, opte por planos mais generosos.
Paguei despesas com o meu dinheiro. Qual o procedimento para conseguir o reembolso?
Cada empresa dá ao segurado um prazo diferente para ele solicitar o reembolso – para evitar transtornos, reúna toda a documentação, preencha os formulários e dê entrada no processo assim que voltar ao Brasil.
A empresa se nega a resolver meu problema. Quem pode me ajudar?
Entre em contato com sua agência de viagens. Ela pode ajudar. Se não houver sucesso, os outros caminhos são a Superintendência de Seguros Privados (Susep), que é o órgão que controla e fiscaliza o mercado de seguros e recebe reclamações de consumidores ou o Reclame Aqui. Pode ainda procurar o Procon do seu estado.
Se nada der certo, o último recurso é entrar com processo judicial contra a empresa.
Para se garantir, guarde todos os comprovantes emitidos pelos centros médicos, o contrato do serviço, os protocolos dos contatos com a assistência e os documentos e fotos que sirvam de provas em tribunal.
Se precisar de uma cotação, envie um e-mail para ecos@ecos.tur.br
Leia também: Vai viajar e está preocupado com seu Pet?
Custo de saúde per capita. Veja, é importante. Não adianta contratar um seguro de US$ 10.000 de cobertura, se o sistema básico de saúde do país irá te cobrar US$ 15.000. Esse valor excedente sairá do seu bolso. Os dados são até 2012, mas, dá para você ter uma ideia realista.