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Dançando na chuva em Curitiba

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Se tem uma coisa que a gente aprende nessa vida de viajante é a acompanhar a previsão do tempo, mas se ela muda com as passagens compradas, você precisa aprender a dançar na chuva…e foi assim que começou meu final de semana em Curitiba.

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Jardim Botânico de Curitiba

Tudo pronto, passagens nas mãos (ou no celular!), meu primo Eric (meu receptivo!) avisado e dizendo que por lá o sol estava de rachar, e ele, como bom piloto de paraglider e escalador, programando as maiores aventuras, só que..choveu! E choveu muito! Coloquei os pés em Curitiba e a cidade desabou em água, então só nos restou fazer uma parada gastronômica, entramos numa churrascaria e só saímos de lá porque ainda era sexta-feira e ele precisava voltar para o trabalho, felizmente, o trabalho dele é a Einbier, uma distribuidora de cervejas importadas, então, com chuva, o que me restou foi esperar estiar e tomar uma boa cerveja, aproveitando para matar a saudade de quase 20 anos sem um tempo com meu primo. Papo em dia, fomos encontrar uns amigos num boteco pela cidade.

O tal boteco chamava Dibas, fica perto do centro, aonde até o aplicativo do celular se perdeu, mas confesso, a cerveja era boa e as companhias, melhores, tudo para ser uma noite chuvosa e divertida. Sem contar, que só em botecos assim, tradicionais, você encontra aqueles petiscos típicos, e lá estavam a Carne de Onça e o Rollmops.

A Carne de Onça, que é de boi, foi a melhor pedida da noite. Ela veio moída e muito bem temperada no conhaque e especiarias dentro de um pão italiano…hummmm delícia, de lamber os dedos….até que o teor alcoólico aumenta e começa o desafio: quem vai provar o Rollmops? E eu disse: eu! e me dirigi até o dito…para que conste, Rollmops é um pedaço de peixe enrolado na cebola em conserva no vinagre, água e sal por uns 2 anos…2 anos não, 20 anos….meu primo chama de peixe podre, e olha! Essa é para os fortes, e se você tiver alergia a vinagre, aconselho, passe longe disso, mas eu disse “eu”, então vamos lá. Quando estiver em Curitiba prove e tire suas conclusões, mas não diga que não avisei!

Rollmops - e ai? Você encarava?
Rollmops – e ai? Você encara?

E se você estiver pensando: mas essa garota só bebeu e comeu?! Na primeira noite até foi, já que a proposta foi conhecer Curitiba de um forma não turística, mas o dia seguinte meu caro, fez valer toda orgia gastronômica cometida…

Acordamos meio tarde, ainda com chuva, decidimos subir uma Montanha, e assim fomos rumo ao Pico do Tucum, que fica a uns 30 minutos de Curitiba, na estrada para São Paulo, logo depois do pedágio, uns 300 metros do posto de gasolina tem uma estrada de terra, com uma placa indicando o caminho até a Chácara do Bolinha, que cobra R$10 por pessoa para entrar e estacionar, além de ter um pastelzinho que você pode comprar ao final de trilha.

Chácara do Bolinha
Chácara do Bolinha

Com um ampla cadeia de Montanhas, e destino de trekking para galera da região, o Pico do Tucum, tem 1720 metros de altitude, e é passagem para tantos outros picos, além de uma trilha linda, cheia de Jequitiba gigantes, nascentes de água gelada e cristalina, e um perrengue bom de 3 horas de subida (na chuva!).

Eric, Raquel e Eu, mortais na chuva!
Eric, Raquel e Eu, mortais na chuva!

Foi fácil não, e ainda com o Rollmops na garganta, a coisa ficou ainda mais pesada. A primeira parada é o Pico do Camapuã, belíssimo, onde a trilha bifurca (sinalizada) e 40 minutos, a mais, a esquerda temos o Pico do Tucum, com uma vista Privilegia do Pico do Paraná. Como chovia muito, meu primo gentilmente cedeu uma das suas fotos de um dia claro para ilustrar esse post. Grata por isso!

Pico do Tucum
Pico do Tucum – Foto: Ericsson Souza

Depois de curtir e agradecer a Deus pelas belezas que Ele nos permitiu conhecer, é só descer com cautela, porque a descida é ingreme e escorregadia, e com a mata fechada, bem escuro. Lembre da sua lanterna e de marcar o caminho para não ter erros na volta.

Fechamos o dia aproveitando os dotes culinários do primo e da namorada dele, e um bom filme.

Domingão, dia de chuva (de novo!) e apesar de tentar fazer o roteiro turístico, acabamos seguindo em direção a Morretes, cidade a 80km de Curitiba, com a bela Estrada da Graciosa, são 33 km de paralelepípedos e curvas, vista panorâmica de vários picos e cachoeiras, e flores por todo caminho, acompanhada dos mais diversos ciclistas e corredores. Há também a possibilidade de ir de trem, partindo de Curitiba são 3hs das mais belas paisagens do Paraná.

Estrada da Graciosa
Estrada da Graciosa

Chegamos e fomos direto fazer o que?! Comer! Entramos no Casarão, restaurante que serve o tradicional Barreado, que é carne bovina, muita carne, muito bem temperada, cozida até desfiar, por  20 horas na panela de barro, que fica com um molho maravilhoso, onde você coloca 1 colher de farinha de mandioca no fundo do prato, e 2 colheres de Barreado por cima, ai é só acrescentar uma banana picadinha, tomar a Cachaça de Banana, e correr para rede mais próxima. E claro, o Sr. Banana me pegou para demonstrar como comer o Barreado, e começou dizendo: “O povo vem pra Morretes atrás de um baseado, mas só encontra Barreado!” Então, vamos comer!

Barreado no Casarão
Barreado no Casarão

Passamos um dia de fotos, aproveitando as aulas de meu primo, boa comida, bom café e os encantos de uma cidade história e muito aconchegante.

Rio Nhudiaquara e o Restaurante Casarão ali n ponta direita, Morretes
Rio Nhudiaquara e o Restaurante Casarão à direita, Morretes

E assim fui encerrando minha passagem por Curitiba, cheia de histórias para contar, alguns quilos a mais pela boa comida, e laços familiares mais próximos…

Que tal Curitiba como seu próximo destino?

A cara de Morretes
Morretes – Paraná

 

 

 

 

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